TEAC HUGUIANAS 12024

 Hoje trabalhamos com textos. Até aqui temos enfatizado movimentos, uso de instrumentos. Como ser criativo com os textos? Trouxe para a sala de ensaios três textos que não foram escritos para a cena: textos   1. Gemada simples Ingredientes:   1 copo americano de leite fervente; 1 colher de sopa rasa de açúcar; 1 gema; Canela a gosto (opcional).   Modo de preparo : Colocar a gema e o açúcar em uma caneca e bater até o cheiro de ovo desaparecer; Acrescentar o leite fervente e misturar. Polvilhar a canela a gosto antes de tomar a gemada, se assim desejar.   2- Quais são os sintomas da gripe? Os sintomas da gripe podem afetar cada pessoa com uma intensidade diferente. De modo geral, um indivíduo infectado pelo vírus Influenza acaba por sentir: Febre acima dos 38°C; Dores no corpo, em especial nas costas e nas pernas; Dor de cabeça; Tosse seca; Dor de garganta; Coriza; Cansaço; Mal-estar.   Caso os sintomas da gripe não sejam de...

  Aquecimento:  Cada um no seu aquecimento pessoal. Exercício 1 - Posições do Arlequim:   Fizemos as 8 posturas do Arlequim com o objetivo de mostrar para o corpo uma possibilidade de consciência da Linha do corpo, pois percebi que necessitávamos trabalhar mais a linha. Exercício 2 - Diagonal com as posturas do Arlequim:  Trabalhamos a diagonal passando pelas posturas do Arlequim com o intuito de desenvolver a linha na fluidez da performance. Exercício 3 - Banda e performance:  Hoje o Marcus não veio, por questões pessoais, portanto não tínhamos um acompanhamento musical para nossa performance. Mas como cada um trouxe seu instrumento pudemos exercitar essa habilidade de acompanhamento musical. Assim estruturamos a cena imitando uma roda de capoeira onde temos uma banda que acompanha os jogadores e assim que estes terminam de jogar eles vão para a banda ainda em cena enquanto outros dois membros da banda agora vão para a cena jogar. Assim temos uma estrutura...

  Aquecimento:  Cada um individualmente mexendo, alongando, sentindo e suprindo as necessidades de seu corpo, preparando-o sensivelmente para o trabalho. Após um tempo peço para que fiquem em duplas, pois quero trabalhar encaixes de movimento: um propõe uma espacialidade e o outro entra nessa espacialidade propondo outra espacialidade que o primeiro vai preenchendo. Assim vão revezando. Percebo uma dificuldade de movimentação, talvez a interrupção das aulas por conta da greve tenha esfriado o entendimento físico da nossa proposta e decido fazer uma intervenção para tentar suprir essa deficiência. Assim, o resto do dia trabalhamos o corpo e deixamos os instrumentos de lado por hora. Exercício 1:   Na diagonal continuamos o trabalho em duplas de encaixes corporais um procurando ocupar o espaço do outro em um fluxo. Contudo, percebi que faltava um entendimento de circularidade para proporcionar um exercício mais fluido. Portanto, na segunda volta propus que fizéssemos u...

 Como estamos pensando em um coro, e o ponto de partida nosso é uma atuação em grupo, como é essa experiência de tocar juntos e o que ela contribui para criar um coro? Flávio tem insistido nessa proposta de todos trazerem algo que faz som para nossos encontros.  Eu tenho me especializado nesse papel cada vez mais, de ser uma fonte sonora que contracena com atores em cena. O que agora se pede é que os atores também produzam som e se relacioname sonoramente com os outros, com as cenas. Em um primeiro momento, parece coisa de outro mundo: fica mais perceptível o não encaixe dos sons quanto ao do movimento. E por que será isso? A primeira coisa que me vem a mente é nossa prática habitual de nos relacionar com sons. Nós normalmente não produzimos sons: ouvimos sons já realizados, registrados em um arquivo de som. Esse som dentro de um arquivo possui um roteiro realizado, uma ordem de eventos.  O que então acontece é que naturalizamos esse roteiro para o que a gente quer: nos v...

Aquecimento:  Com os instrumentos e em roda fizemos uma pequena Jam com improvisos de coro e corifeu com as palavras "Bora bora, não me bole, não demore". O coro fazia uma cama com vozes e instrumentos e um por um individualmente realizava um improviso como corifeu. Percebi algumas dificuldades na impostação de vozes, uma certa timidez que não ajudava na projeção. Uma característica fundamental da relação coro/corifeu é que o corifeu tem que se sobressair ao coro; se o solo do corifeu for muito sutil a relação não se estabelece e fica parecendo que ele é apenas uma variação dentro da massa do coro. Procurei estimular os participantes a projetarem mais a voz como corifeus, mas sinto que no futuro talvez seja necessário fazer uma prática apenas de impostação. Talvez no trabalho com os textos isso possa ficar mais claro. Exercício 1 (SOM):  Ainda em roda experimentamos com os fundamentos da percussão: Grave, médio e agudo. Partimos do pressuposto de que todo instrumentos (percus...

 Hoje o Marcus não pôde vir então aproveitamos para explorar a produção sonora com intrumentos musicais independentemente do seu acompanhamento e composição. Pedi para que todos trouxessem instrumentos musicais. Exercício 1:  Experimentação sonora minimalista com os instrumentos. Em grupo criamos uma composição minimalista improvisada em que cada um inseria um elemento sonoro por vez. Exercício 2:  Fizemos a mesma experimentação em duplas colocando o sofá no centro para já estabelecer uma dinâmica de cena. Assim, aquela produção sonora se tornou também uma produção cênica ainda que pautada por uma dinâmica sonora: a de criar uma composição minimalista. Isso foi interessante enquanto metodologia, pois mesmo quando os atores não conseguiam realizar a composição de forma perfeita, o fato de ter um jogo claro a ser executado garantia um porto seguro para o improviso. Novas cenas surgiam, pois a relação entre os participantes estava clara.  Uma reflexão que me veio foi a ...

O tema da experimentação de hoje foi: Tempos. Estou nos procurando aproximar o estudo do movimento com o estudo do som. Para tanto procuro estabelecer paralelos entre os parâmetros que regem o som e as sonoridades e os Parâmetros do Movimento. No encontro passado experimentamos com o Andamento que se provou um parâmetro fácil de traduzir de um campo artístico para o outro. A ligação da "dança" ou do movimento com o som é evidente para o andamento, pois estamos acostumados a dançar seguindo uma música. Uma música mais rápida comumente exige uma dança mais rápida e vice versa.  Na nossa experimentação ainda rudimentar experimentamos a equivalência entre o andamento da produção sonora e da produção do movimento. Assim, Quando o Intérprete está num determinado andamento o som também está nesse mesmo andamento. Uma possibilidade de evolução desta exploração seria experimentar os opostos: movimento num andamento e o som em outro. São propostas ainda rudimentares, mas necessárias se...

Aquecimento: Acomodações corporais individuais que evoluem para uma dinamicidade de movimento ao deslocar pelo espaço. A ideia é inicialmente acomodar/alongar o corpo para em seguida aquecê-lo. O deslocamento se torna dança e aumentamos gradativamente o andamento do movimento explorando os 5 andamentos do mais lento ao mais rápido. Exercício 1 - Refinamento do Parâmetro do Movimento do Andamento:   Individualmente, cada um realiza uma performance livre na qual se expõe tecnicamente os 5 andamentos e a pausa. A proposta era diferenciar os andamentos como forma de refinar o entendimento motor e sensível deste Parâmetro do Movimento. Em um determinado momento pedi para que eles anunciassem cada andamento que eles fossem realizar. Isso criou uma cena do próprio exercício, pois era cômico e interessante ver os andamentos realizados uma vez anunciados. Também facilitou o entendimento, pois ficou fácil distinguir entre os andamentos, principalmente entre os que são muito próximos. Difere...

 A proposta de hoje foi o trabalho com a musicalidade. Pedimos para todos trazerem instrumentos musicais ou objetos sonoros e procuramos criar propostas sonoras coletivas que serviram em seguida para preencher sonoramente o jogo cênico. O jogo proposto tinha um formato inspirado nas rodas de capoeira angola no sentido de ter uma "bateria" que fica estática e dois jogadores. A banda (bateria) realizava a sonoridade da cena enquanto os jogadores jogavam com esta sonoridade de forma livre. O objetivo era ambos se influenciarem mutuamente num jogo de som e movimento. Infelizmente os registros desse encontro se perderam.

 Hoje trabalhamos a interpretação naturalista em formato de diálogos improvisados. A proposta tem como fundamento a geração de estados emocionais e domínio da tônica muscular em detrimento da abordagem interpretativa em que se tenta contar uma "historinha". Assim trabalhamos primeiramente um gráfico de uma briga e em seguida um gráfico de "amor". Ao final vimos as cenas que os participantes trabalharam em casa. Seguem os registros: Parte 1: https://youtu.be/XeRdcpWCxT4?si=5Yj5sCrXNDBj2sL1 Parte 2: https://youtu.be/HyJamVug_xc?si=gsCR4xnlkEZkHQJs Parte 3:  https://youtu.be/HyJamVug_xc?si=K8uw4uR24UhjWr4E Parte 4: https://youtu.be/cEJvX4-6oe8?si=nJEkk6kHznr0BCgA

 O encontro de hoje teve como foco o uso da voz e da palavra musical no formato de improviso de canção. Alguns princípios foram trabalhados como a capacidade de continuidade criativa sonora, rapidez de improviso, capacidade de interação com a atmosfera sonora proposta e a relação musical com o coro. Seguem os registros da aula: Parte 1: https://youtu.be/BrxC_zWmD1c?si=GPX3uGCtms3D2OhS Parte 2: https://youtu.be/l07sUgoBYfw?si=QGZ-rItPjqHWYf66 Parte 3: https://youtu.be/NdIZhZHaA-s?si=ihrJqqQIxQ4qC0s8

 O encontro do dia 09 ficou registrado apenas uma pequena parte do aquecimento por conta de problemas técnicos, mas o aquecimento foi basicamente uma tentativa de abordar a criação sonora coletiva e a interação do indivíduo com esta criação sonora atravessando o espaço delimitado por uma corda. Deste modo se pretendia trabalhar o movimento assim como a voz organicamente. Foi um bom aquecimento com resultados estéticos um tanto frágeis. Segue o registro: https://www.youtube.com/watch?v=JqbEvwcOWtU&list=PLNJyIMgvnvfVQgkjA01kHQ3BeefqhaeY6&index=15

 Hoje, dia 27 de junho retornamos aos trabalhos, depois de 2 meses de paralisação. Tivemos um dia rico, com poucos intérpretes presentes. Lembrar que as atividades do Teac são justamente orientadas para formação de intérpretes, tudo no plural! E quais são os efeitos de um número menor de participantes? O que podemos fazer quando somos menos?  Lembrei que muitas vezes acompanhei corais que tinham 20, 40, 80 vozes, mas, apesar de tantas pessoas soavam menos. Com muita gente, às vezes podemos soar menos, nos esconder. Sobre outro ângulo: no lugar de um amplo ambiente de concerto, temos um trabalho como música de câmara, com poucos integrantes. Acho que hoje foi um trabalho de teatro de câmara. E o que foi mudado? De meu lado, como um compositor-músico que trabalha diretamente com os intérpretes, tive de ajustar a potência do som. Ou seja: o som pode ser flexibilizado em função do contexto.  Isso me lembrar algo que já conversamos: na maioria das vezes, em função de nossos há...