Encontro do dia 16 de Julho de 2024

 Aquecimento: Cada um individualmente mexendo, alongando, sentindo e suprindo as necessidades de seu corpo, preparando-o sensivelmente para o trabalho. Após um tempo peço para que fiquem em duplas, pois quero trabalhar encaixes de movimento: um propõe uma espacialidade e o outro entra nessa espacialidade propondo outra espacialidade que o primeiro vai preenchendo. Assim vão revezando. Percebo uma dificuldade de movimentação, talvez a interrupção das aulas por conta da greve tenha esfriado o entendimento físico da nossa proposta e decido fazer uma intervenção para tentar suprir essa deficiência. Assim, o resto do dia trabalhamos o corpo e deixamos os instrumentos de lado por hora.

Exercício 1:  Na diagonal continuamos o trabalho em duplas de encaixes corporais um procurando ocupar o espaço do outro em um fluxo. Contudo, percebi que faltava um entendimento de circularidade para proporcionar um exercício mais fluido. Portanto, na segunda volta propus que fizéssemos uma diagonal de circularidade individualmente. Após algumas repetições e ajustes pudemos retornar ao exercício em duplas com mais destreza e fluidez.


Uma reflexão sobre circularidade: A Circularidade me parece a base de um movimento fluido. Todo movimento reto eventualmente esbarra em algum obstáculo enquanto que o movimento circular tem mais maleabilidade e consegue se adaptar às situações. Talvez esse deva ser um princípio fundamental da Técnica Muscular.


Exercício 2: A continuação natural do exercício anterior seria a mesma diagonal em trios, porém percebi uma grande dificuldade de interação no aumento de 2 para 3 participantes simultâneos. Então fizemos um exercício preliminar: A Trança. Em trios nos movimentamos na diagonal com trajetórias que se trançam. Esse me pareceu um bom exercício para o entendimento de coro.


Uma reflexão sobre o coro: Uma das formas de se fazer um coro é deixando claro o princípio unificador dos corpos (digamos o andamento, ou o tempo, a Tônica Muscular, etc...) enquanto que os gestos e movimentos específicos de cada ator ficam livres. Esse caminho tende a ter resultados mais imediatos quanto a unidade do coletivo. Contudo, ainda me falta experimentar mais usar o gesto como princípio unificador o que aproximaria a performance de uma coreografia tradicional. Será que o mesmo gesto com performers em diferentes andamentos ainda resultaria num efeito de coro e de unidade? Qual é o objetivo a ser alcançado em cada proposta? Um seria unidade na diversidade e outro diversidade na unidade?


Registros da aula:


Parte 1:

https://youtu.be/CnfCYXP49f4


Parte 2:

https://youtu.be/-06dsEYIvOY


Parte 3:

https://youtu.be/jpWvK1BkJVQ







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